Acreditava que os outros conseguiam e eu não, que as pessoas bem-sucedidas eram uma raridade e que a sorte, como lhe chama a maioria da população, só sorri a alguns.
Nicebioworld surgiu na cozinha lá de casa em tachos, panelas e experiências esquisitas, numa altura em que procuramos uma resposta, ou digamos, um propósito para a nossa vida.
Acreditava que os outros conseguiam e eu não, que as pessoas bem-sucedidas eram uma raridade e que a sorte, como lhe chama a maioria da população, só sorri a alguns. Talvez eu não fosse capaz, talvez eu não merecesse, talvez as coisas comigo não fossem fáceis nunca…
O que eu não tinha compreendido e experienciado é que a sorte somos mesmo nós que a fazemos. E sim, protege os audazes. E sim sair da zona de conforto é a chave, mas pode custar um bocadinho.
“Mas não é assim! Há sempre aqueles a quem tudo acontece de bom na vida! Que nascem com o r*binh* virado para a lua!” - diz a maioria. Eu digo que aprendi a olhar para os problemas como desafios e a tirar aprendizagem, agradecendo tudo o que me tira o tapete e faz com que coloque os joelhos no chão… Sim os joelhos! Mas inicialmente, como todos nós, mesmo quando somos pequenos e queremos aprender a andar, o normal é estatelarmo-nos ao cumprido! Chama-se aprendizagem. E é a vida toda a fazê-la! E sabem que mais? Está tudo certo!
Com o tempo aprendi a não reclamar do que a vida me dá, pois ela dá por ser necessário. Claro que meia volta, tenho a tendência a querer fazê-lo… logo percebo, e acabo a rir…porque reclamar não resolve nada de nada. E gasta tempo e energia!
“Ahhh mas o sofrimento!!” – diz a maioria.
Eu digo que o sofrimento é opcional.
Sim há coisas que parecem magoar-nos, porquê? Porque deixamos. Porque não estamos a entender a lição.
“Mas qualquer pessoa via. O teu caminho não era por ali!” – diz a maioria.
Engraçado…qualquer pessoa vê tudo, quando não é com ela própria, quando não está dentro da situação e quando passa mais tempo a analisar a vida dos outros, os defeitos dos outros, do que fazer isso a si próprio.
Eu também fazia e ainda faço isso, é um reeducar constante. Apontar o dedo! Mas logo olho para a minha atitude, coloco-me em causa…na hora. Sim! Este é o segredo.
E quando percebemos profundamente, deixamos de reclamar, de nos vitimizar e apenas aceitamos e deixamos ir. Arrumamos com um sorriso no rosto…Não arrumamos fechado numa gaveta a sete chaves, daquelas que não queremos abrir.
Arrumamos definitivamente, ainda que as vezes voltemos a contemplar. Porque é bom contemplar e sentir leveza com um sorriso no rosto.
Passamos a compreender olhando outros…e concluímos: deixa-me ajudar um pouco, porque eu já fui assim! Mas cada um precisa de completar o seu percurso à sua maneira. Há tempo.
Eu gosto de hoje e ponto final.
Faz-me lembrar um livro oferecido pelo meu pai tinha eu 13 ou 14 anos : “Hoje é o seu Dia!”, só tinha frases de grandes escritores e filósofos sobre o momento presente. Eu não entendi, nada daquilo! Falávamos de Carpe diem na escola e pronto! Hoje esse livro está na minha cabeceira. Hoje recordo o ontem sim, mas muitas coisas, a maioria nem me lembro. E ainda bem.
Tem a ver com escolher esvaziar a mente, deixá-la quietinha.
Futuramente há coisas que todos queremos alcançar, e está tudo bem, mas hoje é essencial. Porque amanhã logo se vê, devemos chegar lá …talvez! Querer alcançar mais e melhor é fundamental. Mas eu já tenho tudo. Todas as pessoas já têm tudo!
“Como podes pensar assim? Achas que vais viver do ar?” – pergunta a maioria.
Experimentem antes, viver simplesmente e calmamente.
Será que precisam de tanto? Sim…têm muito, já repararam?!
Têm centenas de coisas nas vossas vidas. Já as contaram?
Ou como eu fazia e como faz a maioria, dedicava-me a contar aquilo que eu não tinha… Como em o Principezinho e o senhor que contava estrelas…
Aqui está a questão…. Tu contas o que tens? Ou preferes contar o que não tens?
Porque estou eu a falar disto tudo? Porque espero de certa forma que como outras pessoas me inspiraram, também eu venha a inspirar.
Lembro-me de um dia me despedir. E de estar profundamente exausta e cansada. Eu achava que o mundo estava contra mim.
Só não sabia ver as coisas sob outra perspetiva. E saí da zona de conforto.
O mundo tem 50% de responsabilidade eu tenho os outros 50%. O que posso fazer hoje para mudar? E quando decidi que não queria uma vida sem significado, tudo virar para melhor.
Reconectei-me à terra, ao campo, aos animais e plantas. Li bons livros, estudei mais, conheci as pessoas certas. Experienciei a vida. Desafiei o corpo e mente. Fui e sou Peregrina n caminho da vida. Questionei-me…afinal quem sou eu?
Eu Sou. E descobri a resposta.
Tudo isto por mandar as escolhas, daquilo a que chamava vida … totalmente à fava. Mas esta pseudo vida era certa para muitas pessoas à minha volta, era o politicamente correto, porque parece bem, pelo bem dos valores, porque os outros fazem e tu fazes igual!
Tretas… “a coisa certa é aquela que beneficia o maior número de pessoas, isso incluí o próprio” e eu própria não estava a ser beneficiada. Esta frase não é minha, mas é uma frase com verdadeiro sentido.
Não querendo ser muito filosófica, foi assim que a cosmética artesanal e as matérias primas orgânicas permearam a minha vida. A meditação e o vegetarianismo, o contacto com a natureza, fazem hoje parte da minha rotina diária. Eu na verdade escolhi um estilo de vida diferente, para muitos, ou na minha opinião o certo.
Em que menos é mais.
Em que as pessoas bem-sucedidas são as que vivem em alegria com o que são e o que têm.
Que a simplicidade é a verdadeira beleza.
Que a natureza nos dá tudo na proporção certa e não é justo pedir mais e mais. Temos o necessário. Só temos que agradecer.
Que o que precisamos profundamente é de equilíbrio. E isso respeita a vida sobre todas as formas.
Que a maioria dos humanos perdeu esse equilíbrio. Os humanos são bons com extremismos e sabem perfeitamente o que é certo e errado e sabem apontar o dedo muito facilmente. Sabem precisamente o que faz falta …São mais coisas…. Mas não sabem é coisa nenhuma!
E porquê? Porque não se têm a eles próprios. E precisam desesperadamente de coisas.
Esqueceram-se deles, esquecem os outros e esqueceram afinal o que estão aqui a fazer. Até esqueceram o planeta que lhes deu e sustenta a vida.
Este é apenas o mundo da Nice. Sou eu Eunice… Há depois a dupla conotação que o pessoal dá ao “Naaaiiiceee”…que seja…porque eu gosto mesmo é dele assim.
Nicebioworld é uma marca que pretende afirmar-se como holística. Cuida do corpo, da emoção, da mente e do espírito. Cuida do todo. Do mundo individual de cada um e daquilo que nos é mais querido o planeta terra.
Não é perfeito nem pretende ser. Pretende apenas trazer pequenas mudanças ao dia a dia de cada um, para trazer harmonia e equilíbrio.
Todos nós temos a capacidade de criar uma realidade maravilhosa, seja no início de um novo ano, seja quando quisermos. Está ao alcance de cada um manifestar essa criação para que provoque mudança. O objetivo dessa mudança é apenas que a maioria, que eu referia ali em cima, passe a ser minoria.
Em plena gratidão.
Eunice Carvalheiro
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